sexta-feira, 29 de abril de 2011
A toada de Parintins
Letra:
Canto Envolvente
Carrapicho
De manhã o céu azul, bateu forte a emoção,
Senti alegria de fato uma linda amônia no meu coração. (2X)
Hoje eu não quero parar, vim lhe convidar,
Vem pro boi Caprichoso o ritmo forte do meu Boi-Bumbá
Mais eu não quero parar, eu quero parar,
Vim lhe convidar, vim lhe convidar,
Vem pro boi Caprichoso quero ver você.
Sinta o seu corpo está remexendo
O canto da mata lhe envolvendo
Dance para o lado, gire para o outro,
Quero ver você também (2x)
A Bossa nova carioca
Letra:
Chega de Saudade
Chico Buarque
Vai minha tristeza
E diz a ela que sem ela não pode ser
Diz-lhe numa prece
Que ela regresse
Porque eu não posso mais sofrer
Chega de saudade
A realidade é que sem ela
Não há paz não há beleza
É só tristeza e a melancolia
Que não sai de mim
Não sai de mim
Não sai
Mas, se ela voltar
Se ela voltar que coisa linda!
Que coisa louca!
Pois há menos peixinhos a nadar no mar
Do que os beijinhos
Que eu darei na sua boca
Dentro dos meus braços, os abraços
Hão de ser milhões de abraços
Apertado assim, colado assim, calado assim,
Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim
Que é pra acabar com esse negócio
De você viver sem mim
Não quero mais esse negócio
De você longe de mim
Vamos deixar esse negócio
De você viver sem mim
Sabe o que é Gíria?
Gíria é um fenômeno de linguagem especial usada por certos grupos sociais pertencentes à uma classe ou a uma profissão em que se usa uma palavra não convencional para designar outras palavras formais da língua com intuito de fazer segredo, humor ou distinguir o grupo dos demais criando uma linguagem própria (jargão).
É empregada por jovens e adultos de diferentes classes sociais, e observa-se que seu uso cresce entre os meios de comunicação de massa. Trata-se de um fenômeno sociolinguístico cujo estudo pode ser feito sob duas perspectivas: gíria de grupo e gíria comum. Vamos mostras algumas gírias regionais mais conhecidas, que são:
Norte:
Migué - Mentira (Amapá)
Pai d' égua - bom sujeito (Amazonas)
Abusado - Chato (Tocantins)
Diacho - Expressão que indica desapontamento (Pará)
A casa caiu - ser preso (Rondônia)
Nordeste:
Má - Homem(Ceará)
Meu rei - Amigo,senhor(Bahia)
Bixiguento - Pessoa que não presta (Sergipe)
Miolo mole - Lento, Pessoa devagar (Maranhão)
Oxente - Intergeições de espanto, corruptela de "oh,gente" (Pernambuco)
Centro-Oeste:
Espandongar- Fazer bagunça (Goiás)
Baú- Ônibus (Brasília)
Aguaceiro - Bastante água (Mato Grosso)
Cerva - Cerveja (Mato Grosso do Sul)
Os canas - Policia (Brasília)
Sudeste:
Bagulho - Objeto qualquer (Rio de Janeiro)
Mano - Moço, Senhor (São Paulo)
Ti - Tio (Minas Gerais)
Nóia - Viciado em drogas(Espírito Santo)
Grana - Dinheiro (São Paulo)
Sul:
Avacalhar - Desmoralizar (Paraná)
Guri - Garoto (Rio grande do Sul)
Jacú - Fora de moda (Santa Catarina)
Prosa - Conversa (Paraná)
Xerenga - Faca velha (Rio Grande do Sul)
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Um breve comentário sobre sotaques brasileiros.
quarta-feira, 27 de abril de 2011
"O certo é falar assim, porque se escreve assim." será?
terça-feira, 26 de abril de 2011
O preconceito sofrido pelo nordestino
O forró nordestino
Letra:
A Vida do Viajante
Luíz Gonzaga
Minha vida é andar
Por esse país
Pra ver se um dia
Descanso feliz
Guardando as recordações
Das terras por onde passei
Andando pelos sertões
E dos amigos que lá deixei.
Chuva e sol
Poeira e carvão
Longe de casa
Sigo o roteiro
Mais uma estação
E a saudade no coração.
Minha vida é andar...
Mar e terra
Inverno e verão
Mostra o sorriso
Mostra a alegria
Mas eu mesmo não
E a alegria no coração
Minha vida é andar...
Música Típica Gaúcha
Letra:
Me Vou Pra Vaneira
João Luiz Corrêa
Ao som de um farrancho, chego de à cavalo
Apeio no embalo, xúcro de um gaiteiro
Campeio meus troco, rodeio a guaiáca
E o cabo da faca, reluz no candiêro
Já entro pachola e vou pagando a ficha
Uma china me espicha um olhar de soveú
Vou direito a copa, cutuco a algibeira
E tapeio a poeira, na aba do chapéu
= REFRÃO =
Falquejo uma prosa, capricho no trote
Já armo meu bote, prá uma fandangueira
O gaiteiro bueno, de canha se enxarca
E eu feito um monarca, me vou pra vaneira
Sou de pouca prosa, me agrada entrevero
E até bochincheiros, conhecem meu jeito
Tirando retosso, cordeôna, guitarra
E o gosto por farra, não tenho defeito
Prá o meio do baile, arrasto as chilenas
A noite é pequena bombeando as mulher
Se acaso puder a mais linda eu penero
E aparto a que eu quero pra arrastar o pé
No assoalho vermelho, do chão colorado
Eu danço embalado, nos braços da china
Esqueço da lida, pendênga e peleia
Quando ela arrodeia, me alisando a crina
Já na outra marca, aquece o assunto
Comigo vai junto, na prosa que encilho
É certo o namoro, no fim da noitada
É carga dobrada, no pingo tordilho.
segunda-feira, 25 de abril de 2011
Você já ouviu falar sobre o PRECONCEITO LINGÜÍSTICO?
Quantas vezes você foi já foi corrigido enquanto falava ou corrigiu a fala de alguém? Pois saiba que na maioria dos contextos corrigir a fala de uma pessoa e julga-la por este “erro” pode ser considerado um preconceito. A língua portuguesa, como todas as línguas, é heterogênea e intrinsecamente variável. Isso quer dizer que nenhuma língua é estática, pelo simples fato de que ela é um “organismo em constante evolução”. Os conceitos de variação, variante e mudança, foram introduzidos pela lingüística para abarcar as diferentes formas de se dizer uma mesma coisa, formas que ocorrem em todos os idiomas existentes e que são sim uma grande qualidade das línguas. Se as línguas não se adaptassem constantemente se tornariam inúteis a cada instante que algo fosse criado ou modificado no mundo social ou real. Para diferentes realidades existem diferentes formas de se comunicar e isto fica evidente se pensarmos na extensão do Brasil e na quantidade de dialetos regionais que temos. Mesmo assim dentro destes dialetos existem variações, nem todo gaúcho diz “Bá”. Então devemos pensar muitas vezes antes de corrigir a fala de alguém, pois ela pode estar apenas usando uma variedade não padrão da língua, ou até mesmo uma variedade padrão com um nível de formalidade diferente. O que é importante frisar e destacar é:
NENHUMA VARIEDADE, OU LÍNGUA, É MELHOR, MAIS CORRETA, MAIS BONITA OU MAIS RICA, DO QUE AS OUTRAS
A noção de “ERRO” está sendo revista pela lingüística à algum tempo. Dizer que uma pessoa está errada quando fala algo como “bicicreta” e “os home”, prevê uma noção de língua sendo empregada (no caso a noção de língua como código. Esta variedade foi, por fatos econômicos e históricos, escolhida para ser a base comum do ensino de língua em nosso país, isto não quer dizer que ela está certa (podem-se encontrar inúmeras incoerências em suas definições) e as outras erradas. Elevar a gramática a este estatus de “correta” cria vários problemas de ordem social que poderiam ser evitados se fosse explanado dês do começo do ensino da língua que existem variedades e que elas coexistem e são todas apropriadas para seu contexto. Se um interlocutor diz “os home”, não se considera um erro, pois na comunidade em que ele vive esta é a gramática internalizada dos moradores e a variedade comum, não adianta você impor sua variedade que ele vai voltar a anterior quando entrar em contato com um parente, por exemplo.
Sendo assim, deixemos de lado nossas diferenças lingüísticas, todos nós brasileiros falamos português, certo e rico, e “arretado” de bonito, não existe diferença entre nós ao que cabe a língua, pois todos a usamos da melhor forma, respeitando as necessidades de nossa realidade e adaptando-a ao que é necessário. Se você entendeu o que o outro falou, estão falando a mesma língua, ninguém é melhor do que ninguém, nem mais “burro” por falar diferente. Deixe este preconceito desaparecer, como todos os outros.